Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

outubro 02, 2007

GUERREIRO MENINO






Meu guerreiro menino, sinto falta de você!

Da ternura do seu olhar, do encanto doce das suas mãos quando segura as minhas, da firmeza e suavidade que tem a sua voz, e fico a imaginar mil palavras e canções embalando-me o sono, sob a proteção de uma noite enluarada onde as estrelas cintilam no céu, numa tentativa vã de se mostrarem mais belas e mais intensas que o nosso amor.
Sinto falta de você e a saudade sai a galope, pedindo ao vento que a leve nas asas de um supersônico para trazê-lo mais rápido para mim.

E enquanto você não vem, o sono e a fantasia povoam a minha imaginação e dão carona ao sonho, que chega pelas asas do desejo.

Vejo meu guerreiro menino chegando cansado depois de um dia intenso de trabalho, deixando transparecer no olhar toda luta e garra travados muitas vezes em silêncio, buscando em mim a compreensão sem perguntas, o afago sem cobranças, o carinho e a ternura gratuitos, lembrando aquela velha canção do Vinícius: “mas que seja eterno enquanto dure”.

Aí então, vou me aproximando de mansinho, seguro ternamente o seu rosto em minhas mãos e deixo que a linguagem do meu olhar, diga tudo que trago guardado no peito e numa explosão de alegria e encantamento, deixo fluir através de palavras, a sentença mais doce e mais terna que eu posso dizer: Adoro Você!

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