Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

setembro 29, 2008

Bandeira Branca



Bandeira branca sinalizou, ela, e capitulou... Não mais haveria de esconder aquele amor guardado por tantos anos. Às favas com os escrúpulos, as meias verdades, as frases de duplo sentido e tudo o mais que o levasse a meio centímetro do calor dos seus braços e do seu beijo ardente. Não poderia esperar nem mais um segundo, pois, já tinha provado a eternidade longe do seu amor.
Foram longos os anos de espera e os projetos a dois, adiados em nome das convenções. Dessa vez, seria pra valer. E ela apostou todas as suas fichas nisso. Guerreira que era, foi à luta e emprestou-lhe também os cabelos, para que ele tivesse a força do Sansão de Dalila.
Pobre homem, quando viu sobejar tanta devoção, tanto carinho e tamanho desprendimento, avultou-lhe a culpa de não saber amar... E partiu para nunca mais voltar.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi!
adorei aqui tbém!
somos parecidas mesmo...e vamoquevamo né?
:)bjs
ana