Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

maio 01, 2010

O Avesso da Mentira








Se é para viver, que eu esteja sempre inteira e se é para escrever, que a verdade seja a minha conduta.
Eu, pecadora, confesso: revisitar o passado, dói!

Pois ainda é tão presente a dor da minha saudade que durmo e acordo desejando a monotonia dos dias iguais, onde tudo é igualmente familiar, mas não causa tanto sofrimento.

É que, no momento, estou em fase de despedidas e cicatrizações e escrever me expõe em carne viva! Por isso, garimpo palavras que escondem o que sinto e brinco de enganar a dor. Troco de pele. Minto! Porque a mentira é a minha fortaleza e o avesso dela é a realidade desse amor que eu nego tanto.