Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

março 16, 2014

Um Inverno de Saudades




Às vezes, ela chega de mansinho, suavemente, provocando a melancolia que favorece o devaneio e a meditação. Outras, feito um trovão, com os seus ecos tocando uma melodia em tom maior. São gotas em abundância: arrebentação e espraiamento nas margens das minhas saudades esquecidas... Quando ela chega assim, sou toda mulherzinha. Ponho à mesa e forro a cama. Faz-se inverno dentro de mim!

A chuva traz de volta a escuridão de algumas noites... Acariciada pelo olhar, ela reclama

o aconchego da lareira. Então, eu choro a tua ausência e, num voo cego e solitário, parto pelo mistério do breu.

(...)

Sou um inverno de saudades!


Um comentário:

lis disse...

Concordo contigo minha linda!
Que chegue esse inverno com dias de chocolate quente e esqueçamos de tanto sorvete e noites quentes!
Ando tão saudosa de tudo Juliêta que até me dói , fisicamente.
Obrigada pela amizade e pelas crônicas que amo .
beijo