A página em branco que se apresenta a minha frente é um deserto clamando pelo avesso das palavras, mas o avesso das palavras sou eu, nua, em autobiografia. Sou eu alforriando as letras para que elas me revelem, me desalojem de mim mesma. Sou eu quebrando o silêncio para negociar o preço da solidão. Porém, não é isso o que desejo!
Por isso, permaneço silente, desértica, despovoada até esgotar-se essa saudade de tudo o que não vivemos...
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