
A escritora Martha Medeiros nos diz: “Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.” Pois bem! Neste tempo de tecnologia avançada, onde tudo vira passado num piscar de olhos, eu quero a minha vida de volta para sentir o que já não sinto e viver o que já não vivo... Vida!
Quero um tempo para saborear a fruta no pé
e algumas horas para descansar à sombra da goiabeira.
Quero um tempo para tardes de sol
e vento no rosto a desalinhar os meus cabelos.
Quero um tempo para sentir o cheiro da grama molhada
e para banhar-me nas lágrimas do céu.
Quero um tempo para observar o jardim cheio de flores
e as borboletas em seus volteios a sugerir-me o prazer da liberdade.
Quero um tempo para abraçar o flamboaiã amigo
e nele armar um balanço para retirar das nuvens
o algodão doce das minhas fantasias.
Quero um tempo de portas e janelas abertas,
para acolher o amigo que se aproxima.
E, de quebra, uma lareira acesa
para, em tardes mornas fazer carinhos e exercitar ternuras...
Quero um tempo para amar...
Voltar a sorrir sem medo de ser feliz!
Quero, enfim, um tempo para sentir!
Quero um tempo para sentir, pois estamos vivendo num frenesi, cujo único objetivo é conjugar o verbo fazer, em todos os seus tempos. Parece que isso é a única coisa relevante a fazer em nossas vidas.
Em virtude disso, olhamos para o nosso semelhante com distanciamento; e como diz Jean Paul Sartre: “O inferno são os outros.” E a partir daí, nos afastamos dos nossos afetos, das nossas lembranças do que era ser feliz e, principalmente, do SENTIR, dom singular, incomparável, que é o que nos torna verdadeiramente humanos.
PS: Esse texto é uma homenagem ao blog: “Flor de Lis,” que faz da arte de viver um eterno SENTIR.
Quero um tempo para saborear a fruta no pé
e algumas horas para descansar à sombra da goiabeira.
Quero um tempo para tardes de sol
e vento no rosto a desalinhar os meus cabelos.
Quero um tempo para sentir o cheiro da grama molhada
e para banhar-me nas lágrimas do céu.
Quero um tempo para observar o jardim cheio de flores
e as borboletas em seus volteios a sugerir-me o prazer da liberdade.
Quero um tempo para abraçar o flamboaiã amigo
e nele armar um balanço para retirar das nuvens
o algodão doce das minhas fantasias.
Quero um tempo de portas e janelas abertas,
para acolher o amigo que se aproxima.
E, de quebra, uma lareira acesa
para, em tardes mornas fazer carinhos e exercitar ternuras...
Quero um tempo para amar...
Voltar a sorrir sem medo de ser feliz!
Quero, enfim, um tempo para sentir!
Quero um tempo para sentir, pois estamos vivendo num frenesi, cujo único objetivo é conjugar o verbo fazer, em todos os seus tempos. Parece que isso é a única coisa relevante a fazer em nossas vidas.
Em virtude disso, olhamos para o nosso semelhante com distanciamento; e como diz Jean Paul Sartre: “O inferno são os outros.” E a partir daí, nos afastamos dos nossos afetos, das nossas lembranças do que era ser feliz e, principalmente, do SENTIR, dom singular, incomparável, que é o que nos torna verdadeiramente humanos.
PS: Esse texto é uma homenagem ao blog: “Flor de Lis,” que faz da arte de viver um eterno SENTIR.