
Tenho todas as mulheres dentro de mim e sou apenas uma... Carrego na alma, velhas e novas cicatrizes. Por isso, vivo sempre em carne viva!
Vou fundo no amor e na dor, porque gosto de intensidades e de envolvimentos. Não gosto do morno! Exercito a minha capacidade de sofrer até a última consequência e depois me despeço do sofrimento como se ele nunca houvesse feito parte de mim. Aprendi a conviver com as intempéries da vida e a respeitar todas as suas estações. Nesse momento, estou aprendendo a dizer adeus. Adeus de palavras e de sentimentos... Não os quero mais guardados nas gavetas da minha alma.
Fui outono... Passarela de folhas caídas. Fui inverno... Lareiras acesas. Sou museu... Sou do dentro... Sou saudades... Mas, sou acima de tudo primavera: " deixo-me cortar pra voltar sempre inteira."