Há quem se perca no abismo insondável das palavras, no gargalhar profundo que os pequenos sinais emitem ou nas loas que as pessoas tecem quando se juntam para representar o teatro do absurdo. Eu, porém, gosto do silêncio do seu olhar, seu moço! Ele capta tudo o que reverbera dentro de mim, no momento em que as minhas mãos calejadas de sofrimento e dor cavam cada vez mais fundo a terra infértil. Gosto do seu olhar, seu moço, pois ele descansa as bocas das mentiras que os homens contam.
Crédito de Imagem: Antônio David