Às vezes, ela chega de mansinho, suavemente, provocando a melancolia que favorece o devaneio e a meditação. Outras, feito um trovão, com os seus ecos tocando uma melodia em tom maior. São gotas em abundância: arrebentação e espraiamento nas margens das minhas saudades esquecidas... Quando ela chega assim, sou toda mulherzinha. Ponho à mesa e forro a cama. Faz-se inverno dentro de mim!
A chuva traz de volta a escuridão de algumas noites... Acariciada pelo olhar, ela reclama
(...)
Sou um inverno de saudades!