Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

março 16, 2009

Tempo de Janela



Espreito a vida através da janela.
Lá fora tudo é movimento. Aqui dentro, também!
Lá, o mundo explode em guerras, inundações, fome, abandono, abuso, inflação e desemprego.
Aqui, uma implosão decreta guerra à minha fome de amor e torna árida a terra prometida dos meus sonhos...


Uma saudade inunda a casa do meu coração e não encontrando inquilino, abusa do seu direito de ir e vir, provocando aumento constante em meus batimentos cardíacos.


De tanto esperar o meu coração deu férias coletivas ao amor, à paixão, à emoção e deixou que a razão desse aviso prévio à saudade.
Saio da janela e abro a porta. A vida real é lá fora. O presente me espera. Vou à luta!