Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

fevereiro 13, 2012

Grávida de Esperança










Um encontro casual, embora improvável, é o que desejam os meus olhos quando percorrem lugares, ruas, esquinas e, ávidos procuram por ti.

Quase meio século de sonhos e esperança a se derramarem pelos desertos da tua ausência... Tantas horas já se passaram desde a última vez que nos vimos e esse amor teimoso, enxerga a eternidade como um bebê e continua esperando, esperando...

Os sonhos da alma ainda transbordam no horizonte perdido dos meus desejos mais secretos. Os da pele? Ah! Esses perderam-se nas dobras do tempo, mas continuam vívidos e cheios de quereres.

Procuro por ti todas as noites, meu amor, e te encontro! Na minha fantasia dançamos, nus e sem máscaras, a mais bela canção de amor: a entrega. Então, grávida de esperança eu fecho os olhos da alma e o meu corpo fala... Tateando, exigente.