
Ando exercitando as minhas contradições. Ora vasculho gavetas e abro os armários em busca de lembranças que falam de nós dois – e me escondo no passado – ora deixo-as de lado, e sigo alimentando esse amor tão presente, que as palavras me dão: escrevo e através da escrita eu conto mentiras de amor, inverto o dicionário da dor e transformo palavras-saudade em sentimentos atemporais, criando a ilusão de que o sonho, ainda, não acabou.