
Há quem diga que a felicidade está no caminho, na eterna procura... Prefiro pensar que ela é tão simples e corriqueira, e ao mesmo tempo tão sutil, que ao andar ao nosso lado sem fazer rumor, ignoramos a sua presença. E, fazemos isso, porque somos inábeis nesse quesito.
Queremos entre outras coisas: sucesso no trabalho e realização no amor. Dois grandes pilares que sustentam a nossa idéia do que é ser feliz, mas que são insuficientes para garantir esse estado, quando nos colocamos no centro do mundo e ignoramos as necessidades do outro. O outro, esse parceiro que também tem sonhos e merece respeito, atenção e carinho.
Vivemos sempre no entorno, esquadrinhando caminhos que nos levem até essa tal felicidade. Mas, desejamos que ele, o caminho, seja feito de espelhos, onde possamos ver refletida apenas a nossa imagem...
Quando vamos entender que ela é um projeto a dois quando se trata de intimidade e, abrangente, quando inclui o nosso convívio em sociedade?
Não dá pra ser feliz ignorando que o outro, não sou eu!
Sou eu, sim! Com os mesmos direitos, deveres e prazo de validade. Não sou filho único da vida! Por que, se assim fosse, um dia iria me perguntar:
Quem é essa que, agora, me assombra e se esgueira pelos cantos, querendo usurpar a minha alma? E, responderia:
- É a solidão! Triste companheira... Ausência que me faz perguntar:
- Afinal, a que se destina a vida?