
Há dias que eu acordo assim: garimpando letras para brincar com as palavras. É que dentro de mim há uma saudade doída procurando esconder-se nas entrelinhas. Sinto falta do amor!
Sei dos meus limites, mas sei também desse afeto que transborda das frases não ditas... O que eu sinto não se esgota na ausência nem no silêncio. Ainda procuro. Insisto!
Sonho com a revolução desse sentimento: amor versus orgulho, vaidade, negação... Solidão!
Às vezes, sinto ímpetos de dizer: para! Para esse planeta que eu quero descer! Esse não é um lugar de gente bem resolvida onde o amor pode quebrar todas as regras e as pessoas sentirem-se felizes!
Por isso, do que sinto - e que está mais perto do riso do que do pranto - me dá vontade de falar, pois tenho sede, muita sede de saber a medida certa das coisas.
Por que amar dói? Qual a medida exata do amor?
(...)
E, por não saber, faço-te um convite:
Tu que habitas esse planeta e, solitário, desejas companhia, vem ao meu encontro.
Também estou deserta, despovoada. Sinto-me só, mas não sozinha!
Não te quero herói, somente homem... Humano! Dispenso adjetivos desnecessários...
Quero-te inteiro, sem manhas nem artimanhas.
Há espaço para nós dois se o teu propósito for igual ao meu: somar!
Vem!