Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

março 09, 2010

Os Caras-Pintadas





Existe um ‘Haiti’ rondando as nossas cabeças! Placas tectônicas em constantes atritos. Um espaço aberto para o lixo cotidiano dos jornais e TVs deitar-se em ‘berço esplêndido’ ou um convite para o despertar da consciência a nos pedir: ação?!

Por que será que não nos damos conta disso?
Dia após dia, de maneira escancarada, a realidade se apresenta aos nossos olhos pedindo um olhar mais atento para o que se passa ao redor... Fingimos que não vemos! E um vulcão adormecido em cinzas nos adverte: pagarás um alto preço por fazer parte dessa nação que, hoje, ignoras... É a consciência reclamando cidadania, ante a passividade e a inércia com que observamos a vida pública dos nossos representantes. Onde estão os caras-pintadas de outrora?


Imagem: Blog do Poeta Álvaro Alves de Faria