Reconstruindo Caminhos

Reconstruindo Caminhos
Escrevo porque chove saudades no terreno das minhas lembranças e na escrita eu deságuo as minhas urgências, curo velhas feridas e engano o relógio das horas trazendo o passado para brincar de aqui e agora... Costumo dizer que no calçadão da minha memória há sempre uma saudade de prontidão à espreita de que a linguagem da emoção faça barulho dentro de mim e que, nessa hora, o sal das minhas lágrimas aumente o brilho do meu olhar e uma inquietação ponha em desalinho o baú de onde emergem as minhas lembranças, para que eu possa, finalmente, render-me à folha de papel em branco...

julho 01, 2015

O Olhar de Antônio











Há quem se perca no abismo insondável das palavras, no gargalhar profundo que os pequenos sinais emitem ou nas loas que as pessoas tecem quando se juntam para representar o teatro do absurdo. Eu, porém, gosto do silêncio do seu olhar, seu moço! Ele capta tudo o que reverbera dentro de mim, no momento em que as minhas mãos calejadas de sofrimento e dor cavam cada vez mais fundo a terra infértil. Gosto do seu olhar, seu moço, pois ele descansa as bocas das mentiras que os homens contam.


Crédito de Imagem: Antônio David

Um comentário:

chica disse...

Há olhares assim: Falam muito mais do que grandes palavras... Lindo te ler! bela foto! beijos,chica