E agora, sob o signo da liberdade, eu estou perambulando pelas ruas esquecidas de mim. Já não tenho necessidade das grades da alma. A chuva arrastou tudo o que encontrou pela frente e deixou desabrigado o meu coração. E por estar assim, exposto às intempéries, ele apressou o passo e foi ao encontro de uma nova vida... Um lugar seguro onde pôde abrigar-se dos rigores do inverno, enquanto a primavera com o seu verde esperança, não tardou a lhe trazer o sol que a tudo iluminou e fez florescer.
Durante o tempo em que a chuva se fez presente com os seus raios e trovoadas, não pude perceber toda a beleza do arco-íris que vem depois. Mas, um pequeno raio de sol em toda a sua exuberância de luz fez surgir, da cadeia que aprisionou a minha alma por tanto tempo, a Fênix que habita em mim... Então, eu ressurgi, mas não das cinzas e sim, de um belo dia de chuva que lavou a minha alma e deixou livre o meu coração.
2 comentários:
As vezes a gente nem se dá conta que tudo é só um ciclo e nem precisa se assustar. Obrigada. Beijos
A liberdade existe para quem acredita. Há muitas formas de se aprisionar uma alma e a senhora, minha mãe, conta a poesia de se descobrir livre.
Lindo texto. Parabéns.
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