Um silêncio de palavras e de gestos era tudo que lhe sobrara agora, que ela se via diante da paisagem que outrora lhe fizera a festa aos olhos e ao coração.
Lá estava ela, a praça - imponente - em suas copas, com o verde de suas árvores oferecendo sombra a algum caminhante cansado.O banco solitário à espera de confissões de amor parecia espreitar a dor que lhe pungia a alma.
Quanto tempo se passara desde então, e ela ainda, teimosamente, esperava por ele que se atrasara para aquele que seria o último encontro.
Em suas mãos, um maço de papéis amarelados pelo tempo, contrastava com o vermelho-rubro da fita que delicadamente os envolvia. Na frouxidão do laço, uma sugestão:
Desate-me, eu ainda estou aqui...
Em suas mãos, um maço de papéis amarelados pelo tempo, contrastava com o vermelho-rubro da fita que delicadamente os envolvia. Na frouxidão do laço, uma sugestão:
Desate-me, eu ainda estou aqui...
Um comentário:
Me deixou de olhos marejados, dona Juju. A senhora escreve com a alma e com os olhos de quem esteve lá, a espera daquele que ainda está atrasado. Lindo, lindo, lindo.
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