Tenho todas as mulheres dentro de mim e sou apenas uma... Carrego na alma, velhas e novas cicatrizes. Por isso, vivo sempre em carne viva!
Vou fundo no amor e na dor, porque gosto de intensidades e de envolvimentos. Não gosto do morno! Exercito a minha capacidade de sofrer até a última consequência e depois me despeço do sofrimento como se ele nunca houvesse feito parte de mim. Aprendi a conviver com as intempéries da vida e a respeitar todas as suas estações. Nesse momento, estou aprendendo a dizer adeus. Adeus de palavras e de sentimentos... Não os quero mais guardados nas gavetas da minha alma.
Fui outono... Passarela de folhas caídas. Fui inverno... Lareiras acesas. Sou museu... Sou do dentro... Sou saudades... Mas, sou acima de tudo primavera: " deixo-me cortar pra voltar sempre inteira."
4 comentários:
Lindas palavras e mesmo que as cicatrizes caminhem ao nosso lado podemos ser muitas e de formas diferentes. E isso nos faz seguir adiante.
Um beijo
"Sou museu."
Que lindo isso!
Só espero que esteja
aberto a novas peças! : )
Sorte,
doce de lira
Querida, acho que todas nós mulheres somos um pouquinho de cada estação. Eu adoro ser outono para me desfazer de todas as folhas mortas, mas acho que também gosto de ser um pouquinho de cada... Amei suas palavras, principalmente sobre a capacidade de sofrer e do poder de despedir-se do sofrimento. Grande abraço, amiga!
Aqui neste seu texto, veio-me á lembrança uma frase que uso para a minha vida e que tem pautado o meu caminho:"Viver cada minuto como se fosse o último".
A vida é um eterno aprendizado, sempre feito de partidas e chegadas, de instantes que perduram em nossa memória, precisamente aqueles que nos resgatam o sorriso no olhar.
Beijo amiga
Manu
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