Não tenho a pretensão de ser dona da verdade, nem de impor regras como fazem os semideuses de plantão, tampouco almejo os louros da academia. Sou iletrada! E, como tal, me encanta apenas distrair-me com as palavras, de maneira lúdica, para pôr ordem no caos dos meus pensamentos e, aos poucos, ir aprendendo a difícil arte de me fazer entender por meio da escrita. Antes dessa maneira, do que permanecer analfabeta.
Dito isto, começo a juntar as letras espalhadas pelo terreno das minhas ideias, para formar uma frase e, com as mãos, em prece, faço um pedido aos Mestres e Doutores em Letras e Linguística, para que não me julguem, nem condenem o meu português ruim, muito menos se atenham tão somente as pausas do meu respirar, por que nas vírgulas, ponto e vírgulas, exclamações e interrogações estão a minha dificuldade em escrever corretamente. Coerência e coesão, também nem se fala, sou um poço de contradição. Às vezes, o que deito nas pautas do caderno, mais parece um “samba do crioulo doido”. Li pouco, muito pouco! Quase nada. Daí a minha dificuldade em interpretação de textos! Porém, do que leio, hoje, procuro quedar-me nas entrelinhas, no não dito, explicitado.
Por isso, nesse momento em que se fala tanto em Prêmio Nobel de Literatura, eu me pergunto: qual o sentimento que nos move, quando um estranho ao ninho recebe distinção que julgamos sermos merecedores? Qual a diferença entre fazer literatura ou a letra de uma canção, que não seja a de fazer pensar, agir, atuar? Quem de nós pode dizer que pelas mãos de Chico Buarque e Caetano Veloso ou de tantos outros cantores-poetas, não saíram as mais belas e inteligentes canções de protesto, que tanto motivaram gerações e gerações a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Por que tanta celeuma em torno da premiação de Bob Dylan?
O que nos move?
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