Minha filha, quando você teve a ideia de transformar o blog Reconstruindo Caminhos, editando-o como livro, para junto aos seus irmãos, presentear-me no meu aniversário, fui surpreendida pela sua capacidade de reinventar-se. Explico: é que nós, mães, temos a pretensão de achar que os nossos filhos são uma extensão dos nossos pensamentos e, em sendo assim, somos possuídos pela certeza de conhecê-los, tão profundamente, que nada de novo nos escapa... Ledo engano!
Você me surpreendeu, mais uma vez!
Um caminho feito de velas, um buquê de flores sobre a mesa, uma caneta e sessenta livros era a confirmação de que aquele dia 29 de abril, que se apresentava atípico, não fora esquecido, pois até aquele momento nenhum presente ou movimento indicava a lembrança de que aquela era uma data especial: o meu aniversário! Mas, ali estava a prova do carinho, da dedicação e do amor desmesurado: um blog transformado em livros!
Passada a surpresa e a emoção veio a pergunta inevitável: - o que eu farei com esses livros? Sim, porque no prefácio há um derramamento de palavras que, na realidade, só é justificado pelo amor filial! E, em conseqüência disso, pensei: como lidar com as críticas advindas de tamanha pretensão?! Como receber um título que não me cabe?
E, se de repente, alguém me cobra o primeiro autógrafo, o que direi: autografar, eu?
Não sou escritora, pois me faltam o conhecimento, as leituras e a tessitura das palavras. Sou apenas uma escrevinhadora das minhas emoções: quando contemplo o mar, as noites enluaradas, os dias de chuva, as flores, os verdes campos e, principalmente, à noite; minha filha, quando me debruço sobre a sua cama para velar o seu sono.
- A quem dedicarei as minhas letras, esse alfabeto de amor que eu construí brincando com palavras que cheiram a naftalina?
Hoje, pensando nisso, lembrei que é o dia do seu aniversário! O primeiro que passa longe dos meus braços e do carinho da sua família. Ao acordar, num país distante, não há um café da manhã regado com carinho, não há bolo, velas, almoço especial, tampouco um efusivo “Feliz Aniversário,” comemorado por todo o dia, numa extensão da nossa alegria por você fazer parte das nossas vidas, durante esses trinta anos.
Pois bem, é para você que eu dedico, hoje, o meu primeiro autógrafo: a assinatura de um amor desmesurado, cheio de gratidão e carimbado com o selo da eternidade. É para você, Juliana, que vão todos os meus pensamentos de amor, de fé, de alegria e de admiração.
Se eu estivesse ao seu lado, agora, faria uma passarela de pétalas de rosas para tornar o seu caminhar mais suave e diria: o mundo seria melhor, se todos fossem iguais a você!
Gostaria de ser uma escritora, mas não sou! Falta-me, também, a intimidade com as palavras... Porém, nas minhas letras com cheiro de naftalina o alfabeto do amor será sempre seu, pois você foi, sem dúvida, o melhor livro que eu escrevi... Amando!
Feliz aniversário, minha filha!
16 comentários:
Puxa que lindo carinho esse que recebeste e nada mais justo do que dedicar à filhota uma homenagem assim linda.
Parabéns à ela que mesmo longe, recebe o calor e as ondas de tua emoção.
beijos às dus,chica
Olá cara poetisa.
E antes que você conteste o título de poetisa, justifico pelo conteúdo de seu blog e pelo título de "Mãe".
Seus filhos, Juliana, a aniversariante, são os mais belos poemas que Deus lhe outorgou pelo dom da maternidade.
A paz de Jesus seja com vocês.
Parabéns a você e Juliana.
Abraço fraterno,
Carlos.
Oi querida Julieta
Que homenagem mais linda que você fez a sua filha Juliana!
Que palavras emocionantes e cheias de carinho e de ternura!
Sua filha deve sentir-se orgulhosa da mãe que tem.
Não se menospreze , porque você é a pessoa que sabe com mestria única transpor em palavras sentimemtos e emoções.
Eu a admiro muito e se estivesse pertinho,agradecer-lhe -ia mais uma vez o livro que tão gentilmente me ofereceu.
Mesmo longe sua filha sentirá sua energia e o seu amor e para as duas eu desejo toda a felicidade do mundo.
Muitos Parabéns!
Beijo enorme
Manu
Oi Juliêta
Que bom ler uma prosa sua !
o que me salva e ter ao meu lado o seu livro, "o nosso" livro porque cada palavrinha ali é lida como se minha fosse, rs.
Gosto muito da "Saudade ( hoje eu quero um espaço pra cultivar a saudade/quero encontrar em meu sítio de memórias /recantos de mim ...o que fazer entao?
esperar? esquecer?
... "são saudades em retalhos , de um amor cujo destinatario - ate hoje- o carteiro nao encontrou..."
Gosto dessa vivência sua que me identifico em grande parte da leitura que faço.
Sabe aquele carteiro? desviou as minhas cartas também rsrs
Feliz aniversário a Juliana , uma filha querida com uma mãe que é só emoção.
Parabens as duas.
deixo um abraço carinhoso
Olá, Juliêta.
Prazer imenso estar aqui, conhecendo esse seu espaço maravilhoso!
Parabéns pela filha linda que vc tem... (e que ideia maravilhosa a dela, não? Adorei! rs).
Parabéns a Juliana pelo aniversário... que Deus continue a iluminá-la, sempre.
Virei fã do seu blogue e por isso estou seguindo. :)
Beijinhos
Oi Julieta, vim retribuir a visita e o carinho bme vinda no meu cantinho virtual
lindo blog e excelente escritos
bjs
Que bonito!
Vim te fazer um convite...
Se você é como eu que sente falta da Tertúlia Virtual, por favor, deixa um comentário neste link lá no Varal de Idéias.
http://cimitan.blogspot.com/2010/12/comentarios-que-valem-um-post_14.html
Estamos tentando reviver aqueles bons momentos da Tertúlia.
Um abraco
Que sentimento generoso, e belo! Parabéns pelo livro, e pelo tambpem blogue maravilhoso!
Beijo,
Riccardo.
Oi Ju
Passando e deixando meu carinho.
um abraço forte , te quero bem e voce recebe aí ok?
sua amizade me ilumina, sua ternura me faz bem e também preciso dela!
Bom Natal , que o ano nos encontre com saude e felizes.
beijinhos
Ju, o que ser uma escritora para você? Ter diversos publicados? Ser conhecido nacional e internacionalmente?.. Bem, para mim, ser uma escritora é escrever bem, escrever de forma a nos prender. Dar vontade de copiar, de marcar... Ser escritora é escrever com a alma, não importa sobre o que, pois a alma entende de palavras e de recados. Entende de amor e de verdades. E, por tudo que li escrito por você, inclusive seu maravilhoso livro, você É uma escritora nata! Mesmo que sua modéstia a impeça de admitir, e eu compreendo, a mim, nada impede. Você escreve bem demais, mulher!!! Um beijo grande, meus parabéns, um Feliz Natal, e um Ano Novo pra lá de maravilhoso!
Com especial carinho e apreço, agradeço os amáveis comentários e visitas que ao longo do ano me foi fazendo.
Desejo com sinceridade que o novo ano seja pleno de felicidade e saúde.
Um Natal em harmonia e amor.
Beijo.
Querida Julieta
Como mais uma viagem se aproxima e não vou estar por aqui no 1º dia do ano, vim desejar-lhe um óptimo 2011 e que ele lhe traga as alegrias que tardam e afaste alguma tristeza e saudade do seu coração.
Beijo enorme
Manu
A Grande Descoberta
Nas grandes conversas descobrimos a verdade e a mentira.
Na sinceridade descobrimos um bom amigo.
Nas amizades descobrimos o amor.
Na dor descobrimos a saúde.
Na tristeza descobrimos a felicidade.
No grande e belo céu descobrimos a estrela.
Em um olhar descobrimos o que quer falar.
Em um sorriso descobrimos o que está sentindo.
Nós descobrimos várias coisas importantes e especiais.
Eu descobri algo bem importante e especial, esse algo és TU.
FELIZ ANO NOVO AMIGA JULIETA...
QUERO MUITO EM 2011 CONCRETIZAR O SONHO DE TE CONHECER, QUERO MUITO PODER TE ABRAÇAR E VER ESSE SORRISO LINDO BEM DE PERTO.
SAÚDE, AMOR E PAZ....
bEIJOS
Volto aqui pra agradecer o carinho nesse ano e desejar tuuuuuuuuuuudo de bom nesse novo que chega. Que sejamos sempre amigas, nos encontremos bastante e que tudo de boim aconteça!
beijos,Feliz 2011! chica
Fiquei comovida. Felicidades e muita alegria para ambas!
Querida mãe,
Só hoje consegui reler o "meu" texto e agradecer-lhe tamanha homenagem. É incrível o poder das palavras, para o bem e para o mal. E a sra, minha "mainha", sempre as usou - abudantemente - para formar e sacar o melhor de três vidas, além de inspirar e comover tantas outras. O livro, bem anunciado como VOLUME I, indica uma escritora de alma e coração, profudamente conhecedora do outro, porque se importa, observa, se dói. Eu me encho de orgulho e penso que o "presente" não foi dado somente a sra, nem agora a mim. Foi dado àqueles que agora têm a sorte de conhecer a sua poética existência e a generosidade das suas palavras. A sra é rara, dona Juju. E um presente - sempre - para mim. Um bjo carinhoso de longe.
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