Querida Águeda,
Quando eu recebi o livro “Alquimia do Voo”, pelas mãos de sua filha Aline, estava de partida para uma breve viagem. Pés no mundo, todos os dias, procurava um espaço de tempo para iniciar a leitura, mas só encontrava o desconforto do barulho, essa ausência de silêncio tão necessário, para quem tinha em mãos o seu primeiro livro de poesia. Comecei, então, a ler sem pressa, com respeito e admiração como se estivesse diante de uma relíquia. Amo livros! Gosto do cheiro e de manuseá-lo com cuidado e atenção. Voltei às páginas por várias vezes, algumas, porque as lágrimas toldaram-me a visão, outras, quando o arrepio em minha pele pedia um pouco mais de calma... de alma. Queria garimpar/guardar suas letras e signos em uma caixinha de veludo vermelho, daquelas que nos enchiam os olhos de alegria e contentamento porque, dentro, havia um presente inesquecível! Iniciei a leitura, pouco a pouco, queria reter na memória a beleza que habita os seus versos, a sua alma. Pois bem, hoje, eu fui consultar o Aurélio. Um desejo imenso de encontrar palavras caramelos que pudessem falar da admiração e respeito que eu tenho pela sua obra, mas nada cabia na janela do meu olhar: você ultrapassa o dicionário em beleza, doçura e sensibilidade. Você é rara, minha querida! Gostaria de ter a competência e o conhecimento para escrever sobre Alquimia do Voo, como fizeram Ivy Menon e Lia Sena, mas não os tenho. No entanto, posso afirmar que os seus versos acordaram a minha alma, antes tão desértica e blindada. Parabéns, Águeda! Por ter os dedos cheios de poesia, mesmo quando a vida sangra. Desejo ressaltar que o prazer da leitura abafou qualquer ruído, pois, lendo você, eu escutei o silêncio das suas dores, o seu grito por vida, liberdade e amor. Obrigada, por você existir. O mundo sem você seria mais triste!
Um comentário:
Julieta, escreveste maravilhosamente sobre o livro que ganhaste e nos mostras o quanto te agradou e fez bem! Lindo agradecimento! beijos, tudo de bom,chica
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