Sonhos Sem-Teto me levaram a manusear o alfabeto de brinquedo das minhas ilusões...
A arte de brincar com as palavras me proporcionou um gozo inenarrável. Embora não seja artista das letras, tomei posse do alfabeto da minha ignorância, e com ele reinventei o prazer de criar os meus sonhos sem-teto. Ah, que deliciosa essa vida de palavras! Como mentem quando eu preciso, e silenciam quando alguém se arvora no direito de possuir a legitimidade das palavras de amor.
As minhas palavras não têm vida! Elas são feitas de ausências... E validar a sua ausência é tudo que eu preciso para abrir mão dos meus sonhos sem-teto. Sonhos sem-teto, sempre eles, armazenando-se dentro de mim e ocupando espaços abertos pelo mito do verde-esperança.
Ah! Como eu queria ser artista das palavras, e com elas poder manipular essa dor que não passa, e que me vem de não sei onde, e sem eu saber por quê...
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