Às vezes, passamos uma vida tentando parecer com os outros, copiando modelos que julgamos perfeitos, e nos perdemos. Perdemos a nossa essência, aquilo que nos torna único, singular, especial. Em outras, construímos idéias sobre o par perfeito; aquela pessoa pela qual esperamos uma existência inteira e que sem ela, nada mais faz sentido. Em um determinado momento, capturamos esse instante, esse encontro ideal, e cristalizamos essas lembranças produzindo um efeito devastador em nosso futuro. Esculpimos a imagem da felicidade e nela projetamos um rosto, uma voz e um cheiro. Está feito o estrago, criamos o mito! Fruto de nossas carências damo-lhe poderes sem limites. E a partir daí, passamos a esculpir os nossos sonhos na areia da praia.
Então, um belo dia, vem o mar em seu sorriso de espumas e apaga os vestígios desses amores impermanentes, riscando a folha corrida dos momentos felizes e trazendo-nos de volta à realidade.
Mitos esculpidos na areia se desfazem... E outros nascem confirmando os adágios: ninguém é insubstituível e nada dura para sempre.
Mitos esculpidos na areia se desfazem... E outros nascem confirmando os adágios: ninguém é insubstituível e nada dura para sempre.
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