Não dê pausas à vida! Esse foi o conselho que eu dei a alguém que estava a interpretar os sinais que andara recebendo por esses dias.
Por que será que estamos, na maioria das vezes, adiando decisões e empacotando felicidades para serem usufruídas mais tarde?
Há sempre um amanhã... Um depois... Um quando eu estiver pronto... E a vida feita de pausas vai passando em desacordo com o relógio do tempo. Quando nos damos conta, o que temos é um corpo gasto, cansado, arrastando-se por aí, atrás de uma juventude perdida, de um ideal não concretizado, de uns minutos a mais para viver na UTI da felicidade. O que temos é uma alma vestida de palavras suspensas: quase, talvez, quem sabe um dia e, depois, um coração atormentado pelo “se”: se eu tivesse dito, feito, ido, amado.
E o tempo escorrendo por entre os dedos, feito areia da praia, nos diz: agora é tarde!
Decididamente, eu não gosto de pausas. Eu tenho fome de viver!
3 comentários:
Gostei deste cantinho, voltarei sempre.
Klaudya
Juliêta,
Seu conselho foi muito sábio. Eu mesma não poderia dá-lo, pois sou escrava do "um dia..."
e o dia nunca vem
Tá certíssima Tia Ju!
Parabéns por mais um texto maravilhoso!!
beijão!! Fabi
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