O que me dói é não saber certezas. É não ter as respostas antecipadas para os “se”.
E se eu tivesse aberto a porta do meu coração para aquele novo amor, o que teria acontecido? E se tivesse vivido aquela paixão avassaladora, que me consumiu dias e noites, qual teria sido o seu fim? E se tivesse dado asas àquela voz tentadora despejando ternuras ao meu ouvido, cada vez que eu atendia ao telefone. O que poderia ter surgido a partir daí? E se tivesse feito àquela viagem... Aquele curso? Oferecido o meu perdão, o meu ombro amigo. Quais seriam as conseqüências de tudo isso?
É, são tantos os “se” e tantas as possibilidades de se viver, quando deixamos o conforto da janela de onde vemos a vida passar, para abrirmos a porta ao inesperado, que somente aqueles que se arriscam são capazes de vivenciar.
Por vezes, tememos que essa e não aquela atitude, que esse e não aquele caminho seja o melhor. Mas esquecemos que escancarar a porta nos dá uma visão do todo, possibilita a entrada do ar que nos dá a vida. Que da janela o que temos é apenas parte da paisagem; enquanto que a porta significa a liberdade do primeiro passo. Asas para voar! Livre, leve, solto e ainda correndo o risco de ser feliz.
Pagar pra ver, eis o preço dessa tal felicidade!
Um comentário:
Justo por isso, propus um pacto a mim mesma: não economizar na intensidade da vida, sorver cada segundo, aproveitar as oportunidades, ir fundo nas emoções. Para que ao que olhar para trás, lá na frente, eu tenha a mais absoluta certeza de que de minha parte, a vida valeu a pena. Bela reflexão!
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