De todas as formas de comunicação a palavra talvez seja a mais traiçoeira, pois nem sempre expressa os verdadeiros anseios da nossa alma. Na linguagem oral, na escrita e na dos gestos ela tanto pode unir, seduzir e encantar, quanto dissimular, mentir e enganar provocando, assim, a quebra de confiança, acarretando a perda de amores e de outros afetos. Mas, quando bem articulada e usada com honestidade e transparência, ela também pode nos salvar de nós mesmos: dos nossos medos e das nossas inseguranças.
Às vezes, bem sei que não é fácil usá-la com clareza, por que isto significa que temos que depor as nossas armas e ficarmos nus e indefesos diante do outro, porém, quando abrimos mão das máscaras e das roupas do personagem que usamos no dia a dia, em benefício de uma relação em que há amor, carinho, respeito e cumplicidade nós só temos a ganhar, porque damos ao outro a oportunidade de nos conhecer verdadeiramente e, como conseqüência, nos amar mais e melhor.
Ontem, faltou a palavra honesta, límpida e transparente. Faltou confiança. Confissão... Verdade. Procurei nos seus olhos um pedido de socorro... Fica! E, só encontrei o deserto do seu silêncio, da sua solidão e do seu medo diante do inevitável. Estendi a mão e o gesto ficou suspenso no ar. Então, não me restou alternativa a não ser dizer: não me procure mais. Adeus!
Imagem retirada do Facebook de Lis Costa. Um amiga que tem poesia no olhar.
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