De tanto brincar com as palavras, elas fugiram de mim, e em nome de uma suposta coerência, estão deixando o território livre para que eu decida, de uma vez por todas, se desejo o branco da folha de papel, ou assumo o ‘vermelho rubro’ da minha paixão escancarada.
Tentei argumentar, mas, alegando diferenças irreconciliáveis, elas me abandonaram pelo caminho. Foi então, que eu perguntei: se vocês forem embora, onde eu vou encontrar o amor? Houve um silêncio pesado entre nós – como se a resposta já estivesse explícita – e logo em seguida, elas responderam:
- Ele está dentro de você, nas curvas do seu desejo e por todos os poros por onde transpiram as suas urgências. (...).
E partiram, deixando-me a sós com a brancura da folha de papel, que hoje, não me permite grandes vôos, tampouco mais uma mentira.
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