São 15 horas de uma sexta-feira do dia 02 de janeiro de 2009 e eu acabo de chegar ao apartamento que aluguei na praia de Ponta de Campina.
Uma solidão gostosa se instala de repente, fruto do prazer que tenho em minha própria companhia. O resto da tarde e a noite serão minhas.
Lá fora, ele – o mar - me espera e, aqui dentro, uma taça de vinho para aquecer a minha alma. Em minhas mãos está um lápis ávido por destravar palavras presas na garganta e preencher espaços em branco nesta folha de papel. Saudades do teclado!
Uma quietude e um silêncio me transportam ligeirinho, para o meu mundo de fantasias. Penso: Como estará a minha vida daqui a alguns anos? E começo a tecer os fios dessa trama criando um bordado feito das escolhas que fiz. Não há tristezas nem arrependimentos! Começaria tudo outra vez, não mudaria uma vírgula do que já passou. O que aconteceu me transformou na pessoa que eu sou e ninguém é mais feliz que eu com a própria imagem. Gosto do que me tornei. Sem narcisismo! Conheço cada parte do meu corpo e sei como ele reage quando se multiplica em pedacinhos procurando colo e cola para viver inteiro.
Aprendi a compor uma cocha de retalhos feita dos pedaços de felicidade que a vida me deu. E ela me foi generosa: realizei sonhos, amei e fui amada, e de quebra, nesse ano que se inicia, ainda recebi esse mar que em suas águas, minhas lágrimas se confundem com saudades de você.
Feliz 2009!
Um comentário:
Contentamento, nada mais sábio existe! Bem que eu queria essa paz. Mas que nada tenho olhado para o horizonte e desejado tocar novos mundos. Um beijo.
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