A que se ter respeito com a palavra, mas a linguagem do silêncio... Ah, como ele fala, e como fala! Os nossos olhos têm a vastidão de um deserto em branco feito folha de papel, e neles escrevemos canções e histórias de amor que a borracha do tempo não consegue apagar.
Se alguém me pergunta se estou falando a verdade, eu lhe indico o caminho dos meus olhos: eles não mentem, jamais!
Neles, eu silencio o meu desejo mais eloquente para que as palavras brinquem de enganar. Se eu tivesse o dom da poesia ou a delicadeza e a sensibilidade do poeta, lançaria um olhar enternecido às palavras para que elas me libertassem dos sonhos impossíveis, que uma noite insone, me faz sonhar: - sonho com declarações de amor, com ternuras antigas despejando favos de mel em minha boca, com palavras sussurradas ao meu ouvido em forma de canções mas quando acordo, vejo apenas um dicionário de mentiras, no meu mundo da imaginação.
Ah, as palavras! Como elas destroem sonhos e desejos. E como mentem... O silêncio por sua vez, esquece os erros do meu português ruim, com suas vírgulas mal colocadas, seus pontos e vírgulas hesitantes, suas crases não percebidas, suas interrogações duvidosas e suas concordâncias verbais, para dizer com o olhar o que um mundo de palavras não conseguiu silenciar: eu minto cada vez que falo e amo cada vez que olho...
Na linguagem do meu olhar eu guardo um mundo de segredos!
Um comentário:
Julieta,
onde esta o TEMPO?
Seria esta sua postagem da TERTULIA?
Em Agosto de 08 também não encontrei nada sobre o Tempo. Se tiver algum texto a respeito, basta coloca-lo na primeira postagem da página fazendo referência à Tertulia para facilitar as visitas!
Obrigado por estar inscrita!
Postar um comentário