Sou terra. Tenho raízes profundas... Não é qualquer ventania que me põe abaixo: sou como o bambu, envergo, mas não quebro. Na cartografia dos meus passos eu nunca pus a minha alma em risco, pois a medida da minha vontade e o do meu desejo passa, antes de tudo, pelo respeito ao outro. Sou movida a utopia e as asas da minha imaginação se estendem em direção ao bem-estar comum. Sonho com um mundo mais justo e igualitário, onde a “globalização da solidariedade” seja a meta de todos. Sonho com um lugar alforriado das ditaduras das leis e daquilo que segrega e discrimina. Sonho com um lugar que não hospede semideuses de plantão e suas certezas de pedra. Um lugar onde o avesso da palavra seja também reverência ao outro, e de onde nunca sejamos instigados a rasgar o véu da hipocrisia e da exacerbação do eu.
Gosto de relembrar acontecimentos que apontem os perigos do ego e que me deem a real dimensão da minha humanidade, pois a roda gigante da vida não para de girar... Sou avessa a deslumbramentos e à glória do poder. Preconceitos? Nenhum! Só com quem tem preconceito... Na minha travessia existencial, a ladainha da esperança é reza forte, porém, procuro mudar primeiro a mim, para depois mudar o mundo. Certezas? Tenho! Sou um aprendiz do caminho... E, do amor, tudo o que posso dizer é que sou leal, mas não admito cabresto. Quero liberdade para mostrar quem sou. Por isso, se você quer saber mais sobre mim, que se aproxime, mas antes tire o pó do caminho e entre descalço na minha alma, pois ela urge um tempo de sonhos e delicadezas.
Um comentário:
Adorei como te mostraste. Forte, doce ao mesmo tempo! beijos, chica
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